domingo, 30 de dezembro de 2018

Cheesecake Americano | Comidas do Mundo - EUA

Chegou o penúltimo dia do ano, assim como a última receita da rubrica "Comidas do Mundo" e desta vez trago uma sobremesa deliciosa, que nunca tinha preparado. Fez as delicias cá de casa. É simples, mas muito saborosa. Um cheesecake. Por isso, escusado será dizer que os Estados Unidos da América (EUA) é o país escolhido para fechar o conjunto de 12 receitas que fui partilhando ao longo do ano.
Cheesecake é um doce bastante consumido e afamado nos EUA. 
Esta receita que trago é uma junção da receita "original" do típico cheesecake "New York Style", com umas adições que achei que traria mais sabor ao cheesecake. E acreditem, ficou tão, mas tão saborosa! Habitualmente leva também uma cobertura de doce de framboesa ou de frutos vermelhos, mas achei que não era preciso. Não deixem de experimentar em vossa casa!

Sempre tive uma enorme curiosidade em visitar os EUA, particularmente Nova Iorque. Acho que assim como eu, também muita gente tem essa curiosidade e ambição. Mas confesso, que com o passar dos anos esse desejo foi-se desvanecendo, muito graças ao meu pânico de pensar em estar fechada dentro de um avião por tantas horas. Ainda que fosse, outros destinos dentro do país estariam na minha lista, como por exemplo o Alaska, ou então uma aventura pela mítica Route 66, isso seria tão brutal. Mas vou me contentando com vídeos, filmes, documentários…

É natural existir este fascínio pelo país, muito pelo que entra pelo ecrã, mas sendo uma das nações mais poderosas do Mundo, desperta curiosidade. O estilo de vida Americano, assim como a sua cultura, ainda que grande parte não seja digna de admiração, é idolatrada e seguida por pessoas de todo o Mundo. Talvez pelo facto de serem extremamente patriotas.
Muitas são as curiosidades acerca deste país tão, posso arriscar dizer, controverso, mas não falarei muito, pois a maioria já conhecem os seus hábitos.

No entanto, falando da parte da comidinha, os Americanos tem uns hábitos bem característicos, tais como comer apenas ao almoço uma sandes ou salada rápida, deixando a refeição mais completa para o jantar. Tem como pequeno almoço standard ovos mexidos, bacon, torradas e as panquecas. É natural terem da taxa de obesidade maior do Mundo, já que por exemplo, os restaurantes de fast-food oferecem o refill sem limite dos refrigerantes. São os reis do churrasco, onde não falta o molho barbecue. A comida é tradicionalmente em tamanho XL, assim como os refrigerantes. Claro que existe uma enorme diversidade em termos de gastronomia, na mesma medida em que a diversidade étnica é também imensa. São diversos e para todos os gostos os restaurantes. Pelos restaurantes Americanos é comum servirem jarro e copos de água de forma gratuita, o que sabemos que por aqui é ainda pouco visto. 

A comida tradicional, ou mais consumida dos EUA é tudo menos saudável, mas sempre fez parte do  nosso imaginário, já que é recorrente a vermos nos filmes e séries. 
As panquecas são um standard ao pequeno almoço americano. Altas e fofas, acompanhadas com manteiga e syrup
Uma sobremesa bem conhecida é a famosa Apple Pie. Apesar de não ter sido criada nos EUA, é já uma imagem de marca no país em termos de comfort food.  
Outra sobremesa bem típica é a Pumpkin Pie (tarde de abóbora), umas das favoritas por altura do Thanksgiving (Dia de Ação de Graças).

Outros pratos doces e salgados:

- Brownie
- Barbecue ribs
- Meatloaf
- Mac and cheese
- Key lime pie
- Fried chicken
- Hamburger 
- Buffalo wings 
- S'mores 
- Reuben sandwich
- Clam chowder 
- Tater tots





Ingredientes

1 kg de queijo creme à temperatura ambiente (tipo Philadelphia)
190 gramas de crème fraîche
3 ovos L
265 gramas de açúcar branco
30 gramas de amido de milho
1 limão (raspa)
1 colher de chá de extrato de baunilha

200 gramas de bolachas digestivas
110 gramas de manteiga sem sal (derretida)
40 gramas de amêndoas torradas
1 colher de café de canela em pó

Preparação 

Comece por triturar muito bem as bolachas e as amêndoas (textura de areia fina). Junte a canela.
Junte a manteiga derretida ao preparado triturado e misture muito bem.
Coloque esta mistura numa forma de aro amovível de 25 cm e pressione bem o fundo e um pouco as laterais.
Forre o fundo da forma com folha de papel de alumínio para se certificar que nada vaza.
Leve ao forno pré-aquecido a 170ºC entre 10 a 15 minutos (blind-baking).
Para o creme do cheesecake, bata o queijo com o açúcar até ficar cremoso, mas não em demasia.
Adicione o crème fraîche e bata mais um pouco até estar incorporado. 
Junte os ovos, batendo um a um.
Por último, junte o extrato da baunilha e as raspas do limão. Envolva tudo muito bem.

Barra as laterais da forma (que não tem a bolacha) com um pouco de manteiga. Verta o preparado na forma e leve ao forno a 180ºC cerca de 1 hora, mas vá verificando e controlando (verifique aos 50 minutos). Depois desse tempo passado, desligue o forno e deixe ficar o cheesecake lá dentro por 40 minutos a arrefecer.
Retire do forno e coloque no frigorífico por mais umas 5 horas (ou de um dia para o outro) antes de desenformar.
Sirva simples, ou cubra com doce de framboesa, morango, ou outro doce ou topping ao vosso gosto.



Bom Apetite!



quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Laddu de cenoura e coco | Comidas do Mundo - Índia

Esta publicação já devia ter sido feita no final do mês de novembro, mas o tempo foi curto e fui deixando passar. Mas aqui está ela. Até porque vamos viajar até à Índia, que diga-se de passagem, é um país que merece atenção. Esta é a penúltima receita da rubrica "Comidas do Mundo". Nem acredito que o ano de 2018 está quase a terminar. A vida passar mesmo a correr! 
Posto isto, da Índia trago uma receita doce. Estava muito indecisa no que iria trazer. Pensei nos mais variados pratos salgados, mas à última hora, decidi que não. Tinha de ser um doce. E ainda bem, pois este Laddu de cenoura e coco é estranhamente delicioso. É diferente dos doces que estamos habituados a consumir, mas vale muito a pena experimentar. Laddu é o nome que se dá a umas bolinhas feitas com cenoura e condimentadas com cardamomo, mas onde se podem juntar os mais variados ingredientes (uvas passas, cajus, coco, feijão mungu, etc...), são também preparadas em épocas festivas. 
E porque não colocar juntamente na mesa dos doces de Natal? No mínimo inusitado, mas certamente iria fazer as delícias dos mais gulosos e temerários (em termos de novos sabores). 

A Índia, esse país tão rico, cultural, exuberante, apaixonante e diversificado é adorado por milhões de pessoas e tem algumas curiosidades bem interessantes. Algumas já "todos" conhecemos, outras nem por isso, o que fará com que nos surpreendamos. Vou escrever algumas delas por tópicos, para ser de mais fácil leitura. Quem viaja para lá, ou ama, ou odeia. Mas tudo depende da experiência que cada um vive e sente. Também a fase da vida em que nos encontramos pode ser determinante para que a vivência seja melhor ou não. Mas tal como eles (a maioria) a praticam, é uma questão de espiritualidade e alma. 

- Foram os indianos que inventaram o champô. Claro que não na forma como é utilizado hoje, mas com uma base de ervas e que servia para massajar o cabelo (palavra champu);
- Adoram a milhares de Deuses (Brahma, Shiva, Ganesha, etc);
- Eles são milhões e são o segundo país do Mundo a falar a língua inglesa;
- A Índia tem cerca de 1 bilião e meio de habitantes (um dos países com maior população do mundo);
- Embora seja habitual para eles (homens) se cumprimentarem com beijos na cara e abraços (entre amigos) são muito preconceituosos em relação aos homossexuais, tanto que até este ano gostar de pessoas do mesmo sexo era considerado crime;
- Sim, as vacas são sagradas, os indianos não comem carne de vaca ou boi;
- Mas contrariamente ao que se pensa, nem todos os indianos são vegetarianos. Nem tão pouco são a maioria. Peixe, carne de frango e cabrito é bastante consumida;
- A Índia cria muito gado, tanto que é o país do mundo onde é produzida a maior quantidade de leite;
-A comida é MUITO picante, usam e abusam das especiarias;
- Em alguns locais da Índia, o consumo e comercialização de álcool é proibido por lei;
- Comem com as mãos. É uma tradição bastante enraizada. Pois acreditam que o corpo está em sintonia com os elementos da natureza e que as mãos possuem poder;
-  No entanto, use apenas a mão direita para pegar na comida (saudar e pagar as coisas), porque na visão deles a mão esquerda é considerada suja e impura;
- Comem também usualmente no chão, mesmo em famílias mais ricas;
- A maioria dos indianos não utiliza papel higiénico. Na nossa cultura é estranho pensar em algo parecido, mas eles lavam-se com água, não utilizam papel;
- É verdade, a casa-de-banho é um pouco diferente da nossa. A sanita em alguns locais é apenas um buraco no chão, o que nos obriga a ficar agachado de joelhos (até  é saudável, certo?); 
- Praticamente não existem leis de trânsito (é caótico), por isso, boa sorte a carregar na buzina e no acelerador e travão;
- A Internet é super acessível e económica;
- Os Indianos adoram cinema e são grandes produtores de filmes;
-  São muito espirituais e tem uma ligação especial com a natureza, por isso milhares de forasteiros procuram a Índia como local de encontro com a luz e de um sentido para a vida;




Ingredientes (cerca de 10 bolinhas)

2 cenouras grandes raladas (cerca de 150 gramas)
75 gramas de coco ralado
125 gramas de açúcar branco
1 colher (café) de cardamomo em pó 
1 colher (sopa) de ghee ou manteiga 
q.b. amêndoas ou cajus

Preparação 

Numa frigideira anti-aderente coloque ghee ou manteiga. 
Deixe derreter e junte a cenoura. Mexa e deixe cozinhar em lume baixo uns minutos, mexendo de vez em quando. 
Junte o coco e misture tudo muito bem. Deixe cozinhar mais um minuto. 
Adicione o açúcar envolvendo muito bem na cenoura e no coco. 
Tape a frigideira e deixe cozinhar uns 5 minutos em lume brando. Vá mexendo de vez em quando o preparado.
Junte o cardamomo e misture muito bem. 
Deixe cozinhar apenas mais um minuto.
Coloque o preparado numa taça e deixe arrefecer um pouco até conseguir trabalhá-lo. 
Forme pequenas bolas e decore com amêndoas ou cajus.


Bom Apetite!


Howdy!? Este final do mês (e a última receita da rubrica) terminamos com uma sugestão de um país que era conhecido como a "Terra das Oportunidades".  See you later!!


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Scones | Comidas do Mundo - Inglaterra

receita em vídeo




Este mês a rubrica "Comidas do Mundo" chega com uns dias de atraso, mas tenho andado bastante ocupada e o tempo para o Blog e YouTube tem sido quase nulo. No entanto, mais vale tarde do que nunca, por isso mesmo chego de Inglaterra com uns maravilhosos scones, ainda a fumegar, que sabem tão bem nestes dias frios que já se fazem sentir. Não foi fácil decidir que receita iria trazer relacionado com este país, pois, como já se sabe, tem uma fama de não ter a melhor gastronomia de todas. Mas isso não foi impedimento de me fazer lembrar o quanto adoro scones, aliás, já quando era miúda a minha mãe fazia para levar para a escola, naqueles dias temáticos, neste caso, quando era o "dia do Inglês". Confesso, há anos que não comia um scone (e não preciso de dizer que também nunca fiz) e ao saborear voltei atrás no tempo. Estes ficaram tão crocantes por fora...e macios por dentro...deliciosos! Acho o aspeto tosco e rústico deles uma verdadeira delícia, tal como os scones devem ser! 

Quase não se consegue separar o scone do tradicional chá das 5. É a combinação perfeita para dias chuvosos e frios. A combinação tradicional é de servi-los abertos ao meio com clotted cream (uma espécie de nata bem grossa, da consistência da manteiga, com travo amargo e com um mínimo de 55% de gordura) e doce de morango. Eu deixo de lado o creme de nata e prefiro só usar o doce com um pouco de quejo-creme. 
Dizem que os scones são originários da Escócia e que a origem do nome terá a sua relação com o local onde os Reis da Escócia eram coroados, The Stone (Scone) of Destiny. O que claro, há sempre mil e uma histórias e saber qual a verdadeira nem sempre é fácil. 

Londres é a cidade mais populosa do país e conta com mais de 8 milhões, o que é um número bastante significativo. Têm também uma diversidade étnica e cultural imensa, o que atrai milhões de turistas ao longo de todo o ano. Pessoalmente, não é uma cidade que me atraia. 
Mas sem sombra de dúvida que aterrar em solo britânico é como folhear um livro de história, daqueles incríveis, onde cada capítulo é diferente um do outro. 

Sabiam que as execuções públicas já foram atração turística neste país? É chocante, mas aconteceu no século XIX. Na cidade de Londres chegavam a organizar excursões através de agências de turismo que levavam alunos de escolas a assistir de camarote a estas mesmas execuções. 
Nós sabemos que andar de metro em Londres é quase obrigatório e normalíssimo, mas sabiam que as mais de 400 escadas rolantes do metro dão para fazer duas voltas ao mundo durante uma semana? Foi também o primeiro país do mundo a ter metro.
No Reino Unido, tem o hábito de consumo de chá, sendo mesmo os maiores consumidores do Mundo.
Já todos conhecemos a pontualidade britânica não é verdade?
Adoram futebol, mas nem só de futebol vive o país, já que é conhecido como o "país do desporto" (cricket, badminton, tênis, rugby, etc.).
Os "Pubs" são quase um símbolo representativo da vida social dos britânicos.

Muito mais havia a falar sobre as curiosidades incríveis e história do país, mas vou deixar para outra altura. Para terminar, vamos falar de comida, começando pelos fish and chips, dos pratos mais famosos de Inglaterra, criado, dizem, no ano 1860 pelo imigrante judeu Joseph Malin. É dos pratos mais consumidos no Reino Unido. Um simples peixe frito com batata frita que conquista milhares.
Ah e também alguns dos mais conhecidos cozinheiros do Mundo são britânicos, Gordon Ramsay
Nigella Lawson, Jamie Oliver e Marco Pierre White. 

- Bangers and Mash (salsicha e puré de batatas)
- Cornish Pasty (massa de pastel tradicionalmente feita com farinha, batata e cebola, o recheio é de carne)
- Beef Wellington (folhado recheado com bife e patê)
- Roast Beef (a tradicional carne assada)
- Yorkshire Pudding (Pudim à base de farinha, leite e ovos, normalmente serve de acompanhamento a carne assada)
- English breakfast (composto por feijão, ovos, torrada, tomate, salsichas, cogumelos, doce e linguiça)
- Summer Pudding (feito com pão , frutas vermelhas e açúcar) 




Ingredientes

500 gramas de farinha de trigo sem fermento
2 colheres (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de açúcar branco
110 gramas de manteiga sem sal (fria)
1 colher (café) de sal fino
300 ml de leite gordo (frio)

q.b. açúcar mascavado
1 ovo batido 

Preparação

Numa taça coloque a farinha, o fermento em pó, o açúcar e o sal. Misture com umas varas.
Parta a manteiga em cubinhos bem pequenos.
Junte a manteiga à farinha e vá esfarelando com a ponta dos dedos, até ficar mais ou menos misturado, numa espécie de areia. 
Junte o leite e misture primeiramente com uma colher de pau, depois com as mãos, até ficar muito bem misturado.
Coloque a massa numa superfície ligeiramente enfarinhada (não muito) e misture mais um pouco para ficar bem ligado (trabalhe a massa o mais rápido possível para não derreter a manteiga).
Deixe descansar 15 minutos.
Com a ajuda de um rolo da massa estique a massa dos snoces até ficar com uma espessura de cerca de 3 a 4 cm. 
Corte a massa com um cortador redondo de uns 5 a 6 cm de diâmetro. 
Disponha-os num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Pincele com o ovo batido e polvilhe com açúcar mascavado a gosto.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC cerca de 15 minutos, ou até estarem cozidos e douradinhos. 


Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de servir. Mas de preferência sirva ainda morno acompanhado com manteiga, doce ou queijo de barrar. Mas se não os quiser consumir, pode congelá-los individualmente. 


Bom Apetite!

"Namaste" No próximo mês viajamos para um país com imensa diversidade, espiritual...e incrivelmente maravilhoso aos olhos de quem o visita! Uma receita para aquecer a alma! "Fir milenge"


domingo, 28 de outubro de 2018

Almôndegas (as melhores de sempre!!)

Adoro almôndegas e esta é sem dúvida uma das receitas mais deliciosas que já preparei. É de comer e chorar por mais. Não deixem de preparar em vossa casa!! Fiquem também com a receita em vídeo para ser mais fácil de compreender a sua preparação.



Ingredientes

500 gramas de carne de vaca (picada)
1 pão fresco (ralado grosseiramente)
50 ml de leite
1 ovo
50 gramas de queijo Parmigiano Reggiano (ralado)
1 dente de alho grande (ralado)
1 colher (sopa) de salsa fresca picada

1 cebola grande (picada)
1 dente de alho grande (laminado)
100 ml de vinho tinto
900 ml de puré de tomate
q.b. manjericão fresco
q.b. azeite
q.b. sal e pimenta preta

Preparação

Numa taça coloque o pão fresco ralado e junte o leite, para humedecer o pão.
Junte o ovo, o queijo, o alho, a salsa e pimenta preta e sal a gosto.
Misture tudo muito bem com a ajuda de uma espátula até ficar uma espécie de pasta.
Adicione a carne e envolva com uma espátula, ou se achar mais fácil com as mãos. Não trabalhe demasiado a carne, para não ficar muito dura.
Com a ajuda de uma colher forme bolas pequenas com as mãos e disponha-as num prato. Se achar que a carne não liga, junte mais pão ralado.
No tacho onde vai preparar as almôndegas, de preferência que seja anti-aderente, coloque um pouco de azeite.
Frite as almôndegas até ganharem uma cor de todos os lados. Retire-as com cuidado para um prato.
No mesmo tacho, para aproveitar os sucos da carne e sabor extra, coloque a cebola e o alho, juntando previamente mais um pouco de azeite se necessário.
Refogue até ganhar uma cor dourada.
Junte o vinho e deixe refogar mais um minuto.
Verta o puré de tomate no tacho e mexa um pouco. Junte um pouco de água para o molho ficar mais fluido, mas a consistência fica ao gosto de cada um.
Condimente com sal e pimenta preta a gosto e mexa.
Junte as almôndegas ao molho com cuidado para não se partirem. Envolva-as bem no molho.
Tape o tacho e deixe ferver.
Coloque no mínimo e deixe cozinhar cerca de 1 hora a 1h30, para apurarem os sabores. Vá retificando os temperos e ajustando a consistência do molho.
Retire do lume e junte folhas de manjericão fresco, mexendo.
Sirva com massa esparguete cozida al-dente! Fica tão, mas tão bom…


Bom Apetite! 

domingo, 21 de outubro de 2018

Bolo de courgette com cacau, laranja e cardamomo



Um bolo aromático cheio de sabor!! Perfeito para o pequeno-almoço de fim-de-semana...



Ingredientes

4 ovos L
320 gramas de farinha de trigo com fermento (para bolos)
60 gramas de cacau em pó
290 gramas de açúcar
120 gramas de manteiga sem sal
1 laranja (raspa)
3 ou 4 graos de cardamomo (as sementes interiores)
1 colher (café) de canela em pó
1 pitada de sal

Preparação

Unte e enfarinhe uma forma de bolo de chaminé.
Numa taça coloque a farinha, o cacau em pó, canela em pó e a pitada de sal. Misture com umas varas.
Noutra taça coloque os ovos, junte o açúcar e bata com uma batedeira elétrica até começar a ficar um creme esbranquiçado. 
Junte a manteiga e bata mais um pouco.
Adicione a raspa da laranja e as sementes de cardamomo. Bata mais um pouco.
Junte os ingredientes secos e envolva tudo muito bem, mas sem mexer demasiado, apenas até estar bem incorporado.
Junte a courgette e envolva tudo muito bem com uma espátula. 
Verta o preparado da massa do bolo na forma. 
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC cerca de 35 a 40 minutos. Mas vá verificando.
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de desenformar. Passe uma faca em volta do bolo para o soltar da forma, se for necessário para desenformar com mais facilidade. 


Bom Apetite!


domingo, 30 de setembro de 2018

Gyosas | Comidas do Mundo - Japão

Confesso que estava ansiosa que chegasse a este mês de setembro. Enquanto planeava esta rubrica "Comidas do Mundo" e decidi fazer uma receita de inspiração asiática, fiquei bastante empolgada, pois apesar de nunca ter feito em casa, sou completamente apaixonada por este tipo de cozinha. E gyosas ou dumplings, é do que mais gosto de comer, completamente viciada diria. É uma receita bem simples de preparar e fica uma verdadeira delícia. São também possíveis inúmeras combinações de ingredientes, até vegetarianas. Embora seja um prato oriundo e típico da China é também muito consumido no Japão e em outros locais da Ásia.

O Japão, também conhecida como a "terra do sol nascente"é um dos países que me desperta mais curiosidade de visitar. Pela sua cultura milenar, comida, toda a história e particularidades que fazem dele um país deslumbrante e que cativa milhões de turistas todos os anos, curiosamente a percentagem de europeus não é muito elevada. Por exemplo a região de Quioto recebe em média 30 milhões de forasteiros.
A região metropolitana de Tóquio é também considerada a maior do Mundo, já que conta com 30 milhões de habitantes, um número de afecto, imenso.
Sabiam que a maior parte das ruas nas cidades japonesas não tem nome?

Os japoneses são seres altamente espirituais, para eles tudo tem significado, sendo o budismo e xintoísmo as suas principais crenças, o que acho incrível, pois são pessoas com hábitos bem curiosos e extremamente saudáveis, tendo uma esperança média de vida na casa dos 83,7 anos. No ano de 2017, eram cerca de 67 mil centenários. 

Enquanto pesquisava dados sobre o Japão fiquei fascinada com alguns dos seus hábitos tão peculiares, mas os que os tornam num povo único. Alguns já conhecia, outros nem por isso. Ficaria horas a ler sobre eles. 

Os japoneses tem uma cultura de trabalho muito enraizada, já que são capazes de entrar ao trabalho às 9h00 e sair apenas à meia-noite e em muitos casos ficam a dormir no local de trabalho. Podem chegar a fazer cerca de 100 horas semanais. 

O Japão é o país da Tecnologia e são viciados em telemóveis, chegando o ponto em que criaram smartphones à prova de água para que possam ficar (até) no chuveiro, tal é a adição. 

São em geral extremamente educados, não incomodam ninguém na rua, são muito reservados, resumindo um povo civilizado. Fazem até um sinal de reverência ao curvarem-se, e quanto mais se curvam, significa que mais agradecidos estão.
Toda a gente já viu algum japonês a andar de máscara, isto tudo para não contaminarem ninguém, com gripe por exemplo. 

É um país muito organizado. Eles pensam em tudo e tem alternativas práticas para tudo e mais alguma coisa para facilitar a vida das pessoas. Há máquinas de vendas pelas ruas e o civismo vê-se pois nenhuma delas é vandalizada, o que em Portugal, infelizmente é muito difícil de acontecer. O que nisto há algo que não me agrada. A utilização de embalagens, plásticos é algo que me incomoda, já que não é propriamente ecológico.
É também muito limpo. Não se vê lixo o chão e é proibido fumar na rua. Existem locais próprios para os fumadores.

É também bastante seguro andar pelas ruas, sem medo de ser assaltado. 
Achei também incrível o facto de que os transportes, neste caso o comboio, raramente sofre atrasos, quando atrasa é apenas em segundos, pelo que as pessoas são avisadas desse mesmo atrasado e recebem um pedido de desculpas. Pontuais ao extremo. 
No entanto, um dado nada feliz, é que está entre os países com maior taxa de suicídio. 

O ritual da refeição é para eles de grande relevância, por isso mesmo não comem a andar e raramente comem na rua. Não deixam comida no prato e o sorver, fazer barulho a comer é sinal de que a comida está saborosa, que a apreciaram.
Pensam em colocar os pauzinhos numa tigela de arroz na posição vertical? Esqueçam! Para eles é sinal de má educação.

A comida e produtos alimentares são dos mais diversificados do mundo, em termos de oferta e alguns podem até chocar.
Sabiam que existem melancias quadradas? É verdade, os japoneses inovaram ao criar este formato de melancia. 
O Japão tem uma variedade infindável de sabores do refrigerante Fanta. Os mais inusitados, são por exemplo de leite condensado com morango, limão com mel, combinações que normalmente não associamos a esta bebida. 
Algo que pode não agradar à maioria, é que uma carne muito popular no Japão é o cavalo, sendo consumido cru, também designada de "sakura". 
Existem mil e um restaurantes de noodles no Japão, tornou-se extremamente popular, embora não seja algo que fizesse parte da cultura gastronómica mais importante do país. 
Sim, os japoneses comem arroz de manhã à noite, em todas as refeições. 
Apreciam gelados? Também existem sabores bem peculiares. Lembram-se de ter falado em cima da carne de cavalo? Pois que existem gelados com este sabor, bem como de cobra...sabores interessantes, no mínimo!  

Muito mais haveria a dizer, mas se ficaram com curiosidade pesquisem mais...acreditem que irão ficar boquiabertos! 
Vamos agora falar dos pratos mais tradicionais do Japão:

- Ramen (sopa quente com noodles com os mais variados ingredientes)
- Okonomiyaki (uma espécie de panqueca grelhada com ingredientes ao gosto de cada um, ovos, carne, legumes, etc)
- Sushi e sashimi
- Yakisoba (massa frita com vegetais, carne...)
- Tempurá (vegetais, camarão, envoltos num polme e fritos, existe também tempurá doce)
- Nikuman (pão cozido ao vapor recheado de carne)
- Gyudon (tigela de arroz coberta com carne e cebola)
- Tonkatsu (carne de porco panada e frita)
- Shabu Shabu (aqui dá para comer o que quisermos, porque existe uma escolha de carne, vegetais e massa, onde na mesa é colocada uma panela com água e caldo separadamente  e cozinhamos diretamente o que queremos comer)
- Melon pan (pão doce de melão)
- Taiyaki (panqueca em formato de peixe)
- Wagashi (feitos com gelatina extraída de algas marinhas e com uma pasta de feijão doce)
- Mochi (bolinho feito à base de arroz)

Entre outros pratos deliciosos...





Ingredientes (cerca de 50 gyosas)

300 gramas de carne porco (picada)
3 folhas de couve branca (picada bem finamente)
2 dentes de alho grandes (ralados)
1 colher (chá) de gengibre fresco (ralado)
2 colheres (sopa) de cebolinha fresca (picada finamente)
1 colher (sopa) de óleo de sésamo
1 colher (sopa) de molho de soja
q.b. sal e pimenta preta

2 embalagens de massa para gyosas (se forem congeladas, deixe descongelar totalmente e
a temperatura ambiente)

Para o molho (opcional): molho de soja com um pouco de óleo de sésamo e vinagre de maçã.

Preparação

Numa taça larga coloque todos os ingredientes e misture muito bem, no entanto, sem trabalhar demasiado o preparado para a carne não ficar seca. Misture apenas até os ingredientes estarem misturados.
Com a ajuda de uma colher de sobremesa coloque um pouco do recheio no meio de cada disco de massa. Não encha demasiado para conseguir fechar e a gyosa cozinhar mais rápido. 
Molhe o dedo indicador na água e molhe em toda à volta da massa. 
Dobre a massa a meio, feche e pressione bem as pontas para unir e não abrir. 
Dê um efeito de pregas à gyosa assentando cada uma delas num prato. (Vejam o vídeo em baixo para ver como as faço). 


Repita a operação até a massa toda acabar.
Numa frigideira anti-aderente grande coloque um fio de óleo de sésamo ou de girassol.
Em lume médio-alto frite as gyosas até ficarem bem douradas por baixo (1 a 2 minutos). 
Junte um copo de água (250 ml), coloque no mínimo o lume e tape para que acabem de cozer numa espécie de vapor por uns 6 minutos. 
Repetir esta operação até se esgotarem todas as gyosas. 
Servir com um molho de soja ou um ao vosso gosto. 


Bom apetite!

What’s the craic? 
No próximo mês viajamos para um país real...marcamos hora às 17h00. 
Ta ta for now!

sábado, 29 de setembro de 2018

Rolinhos de cheesecake de morango (Pão doce)






Ingredientes

Pão

450 gramas de farinha de trigo tipo 55
2 ovos
25 gramas de fermento de padeiro fresco 
40 gramas de açúcar amarelo
180 ml de leite morno (temperatura entre 25º e 30º)
60 gramas de manteiga com sal derretida
1 pitada de flor de sal ou sal marinho

Recheio 

200 gramas de queijo creme
1 colher (sopa) de açúcar branco
1 ovo S
1 limão pequeno (raspa)
1 colher (café) de extrato de baunilha
1 colher (sopa) de amido de milho
10 morangos (partidos em cubinhos)
q.b. manteiga sem sal amolecida
q.b. coco ralado


Preparação 

Comece por juntar ao fermento fresco de padeiro o açúcar, e mexa até dissolver (o fermento alimenta-se do açúcar).
Junte um pouco do leite morno, que não deve ter uma temperatura superior a 30ºC, nem inferior a 25ºC. Misture.
  
Numa taça larga coloque a farinha, e faça uma abertura ao meio.
Junte os ovos, o fermento, o restante leite, a manteiga e uma piada de flor de sal ou sal marinho.
Mexa com uma colher de pau para juntar os ingredientes, até a massa ficar macia, elástica e pegajosa, a descolar da taça.
Amasse um pouco com as mãos, mas não em demasia. Se achar necessário, se a massa estiver muito mole junte mais um pouco de farinha. Mas nunca colocar farinha a mais, pois esta massa é suposto ficar bem macia e maleável.
Coloque a massa na taça, cubra com um pano e deixe descansar num local quente cerca de 1 minutos.

Para o recheio, coloque numa taça o queijo creme. 
Junte o açúcar e misture com a ajuda de uma espátula ou colher de pau.
Adicione o ovo e misture tudo muito bem.
Junte a raspa do limão e o extrato da baunilha, misturando bem todos os ingredientes. 
Junte o amido de milho aos morangos misturando bem com a ajuda de uma colher. 

Numa superfície enfarinhada e com a ajuda de um rolo da massa, forme um rectângulo de cerca de 30cm x 45cm. 
Pincele a massa generosamente com manteiga.
Espalhe o recheio do queijo creme por toda a massa, deixando livre o rebordo.
Adicione os morangos espalhando-os pela massa deixando igualmente o rebordo livre.
Enrole muito bem e cuidadosamente a massa.

Corte a massa em 12 rolos iguais. 

Coloque-os com um espaço entre eles num tabuleiro alto de forno forrado com papel vegetal. 

Tape com um pano e deixe descansar para levedarem e dobrarem de volume. Cerca de 30 minutos.
Polvilhe com coco ralado a gosto.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC cerca de 20 minutos, ou até dourarem. 




São perfeitos servidos ainda mornos. 


Bom Apetite!

sábado, 22 de setembro de 2018

Quiche de alho-francês e cebola roxa







Ingredientes


Para a base
145 gramas de farinha de trigo sem fermento
145 gramas de manteiga fria partida em cubinhos
1 ovo tamanho M
1 colher (sopa) de água fria
q.b. sal marinho

Para o recheio
4 ovos
100 gramas de queijo ralado Emmental
400 gramas de alho-francês (cortado às rodelas finas)
2 cebolas roxas (cortadas em meia-lua fina)
200 ml de natas
1/2 colher de café de noz moscada
1 colher (sopa) de cebolinho picado
q.b. azeite
q.b. sal e pimenta preta


Preparação

Para a base

Coloque a farinha numa taça e junte o sal. Misture com uma colher de pau.
Junte a manteiga e esmigalhe bem com as mãos até estar tudo misturado e esfarelado.
Bata o ovo com um garfo e adicione a água mexendo.
Junte ao preparado e misture, com uma colher de pau ou usando as mãos, até ficar uma massa homogénea e moldável.
Polvilhe com um pouco de farinha se estiver ainda um pouco pegajosa.
Forme uma bola com a massa.
Embrulhe em película aderente achatando a massa e leve a descansar ao frigorífico entre 30 minutos a 1 hora.
Vamos utilizar uma tarteira de fundo amovível com cerca de 22 cm de diâmetro e 4 cm de altura.
Retire a massa do frio e com um rolo da massa estique-a sobre uma superfície ligeiramente enfarinhada num formato redondo.
Forre a tarteira com a massa, cortando os rebordos em excesso e pressionando bem.
Pique toda a massa com um garfo, no fundo e nas laterais.
Reserve no frigorífico enquanto prepara o recheio.´

Para o recheio

Numa frigideira coloque um pouco de azeite deixando aquecer.
Junte a cebola roxa e o alho-francês, misturando.
Condimente com sal e pimenta preta a gosto.
Deixe cozinhar até os vegetais começarem diminuir de volume, mas sem deixar dourar em demasia.
Numa taça coloque os ovos e bata-os ligeiramente com um fouet.
Junte as natas misturando bem.
Condimente com a noz moscada, a pimenta preta e o sal a gosto e mexa.
Adicione o queijo ralado e mistura bem.
Junte o preparado da cebola roxa e do alho-francês e envolva tudo muito bem.
Verta este preparado na tarteira espalhando bem por todo.
Polvilhe com o cebolinho picado.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC cerca de 35 minutos, mas vá verificando. Se começar a ficar demasiado dourado, tape com folha de papel de alumínio para que coza, mas não queime.
Retire do forno, e deixe arrefecer um pouco.
Desenforme a quiche cuidadosamente retirando-a da tarteira.
Sirva morna ou fria.


Bom Apetite!

domingo, 16 de setembro de 2018

Millet - o acompanhamento perfeito para a sua refeição




Ingredientes

120 gramas de millet (demolhado)
1 cebola roxa pequena
1 dente de alho grande
1 colher (sopa) de curcuma em pó
1 colher (sopa) de salsa fresca picada
1 colher (sopa) de azeite
q.b. sal e pimenta preta

Preparação 

Num tacho de fundo anti-aderente coloque o azeite. 
Deixe aquecer um pouco e junte a cebola e o alho. Deixe refogar uns minutos.
Adicione o millet, mexa e deixe refogar mais um minuto. 
Condimente com a pimenta e o sal a gosto e a curcuma.
Misture muito bem. 
Verta água para o tacho. Duas vezes a medida do millet, tal como se faz o arroz seco.
Junte a salsa e mexa.
Deixe ferver uns segundos, coloque o lume no mínimo, tape e deixe cozinhar 15 minutos.
Retire do lume e deixe descansar tapado uns 10 minutos. 
Separe o millet com a ajuda de um garfo e sirva acompanhado com o que preferir. 


Bom Apetite!