A sugestão de hoje é extremamente completa a nível nutricional. Vegetariana, esta salada de quinoa e batata doce com molho de iogurte é rica em proteína, fibra, hidratos e com uma grande variedade de vitaminas. Além de ser muito saborosa...
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INGREDIENTES (serve 2 pessoas generosamente)
120 gramas de quinoa
1 batata doce pequena (aprox. 250 gramas)
1 cebola roxa pequena (aprox. 60 gramas)
q.b. cominhos em pó
q.b. cebolinho fresco
q.b. azeite virgem extra
q.b. pistácios
q.b. sal e pimenta preta
molho de iogurte
q.b. iogurte grego natural
q.b. limão (sumo)
q.b. azeite virgem extra
q.b. cebola em pó
q.b. cebolinho seco
q.b. sal e pimenta preta
PREPARAÇÃO
Comece por passar a quinoa abundantemente por água, para que nesta lavagem se livre dos fitatos (antinutrientes) e também para quando depois de cozida, a quinoa não fique com um sabor amargo tão pronunciado, que é característico devido à presença de saponinas* nos grãos.
Coloque a quinoa num tacho e acrescente água. A porção é o dobro da medida da quinoa. 1 tigela de quinoa, 2 tigelas de água (a mesma preparação do arroz). Não coloque água a mais, para a quinoa não ficar empapada.
Tempere com um pouco de sal e pimenta preta.
Leve ao lume, deixe ferver e coza tapado em lume baixo, entre 12 a 15 minutos.
Retire do lume, e deixe a quinoa repousar tapada uns 5 minutos.
Passado este tempo, solte os grãos da quinoa delicadamente com um garfo.
Deixe arrefecer quase totalmente a quinoa.
Descasque e parta a batata doce em cubos bem pequenos. Tente que o tamanho fique mais ou menos igual, para que assem no mesmo tempo.
Coloque a batata doce numa taça. Junte azeite, cominhos e sal pimenta preta a gosto. Misture.
Coloque a batata doce num tabuleiro forrado com papel vegetal e leve ao forno pré-aquecido a 190ºC até dourarem. Vá virando as batatas para que assem uniformemente.
Retire do forno e deixe-as arrefecer.
Numa taça coloque a quinoa, a batata doce, a cebola roxa picada em cubinhos, cebolinho fresco picado e os pistácios a gosto. Envolva todos estes ingredientes delicadamente.
Para preparar o molho de iogurte, coloque uma porção de iogurte grego numa taça, esprema um pouco de sumo de limão, adicione um fio de azeite, condimente com cebola em pó (pode também utilizar alho seco ou fresco ralado), cebolinho seco e sal e pimenta preta. Todos estes ingredientes são utilizados numa proporção totalmente ao gosto individual.
Pode servir a salada morna ou fria. Acrescente o molho de iogurte e misture.
Bom Apetite!
*agem nos grãos como um pesticida natural, e sendo solúvel, na demolha ou lavagem observa-se a formação de uma espuma branca. É esta substância que confere o sabor amargo, acre à quinoa.
**para facilitar a digestão, pode previamente demolhar a quinoa entre 2 a 4 horas.
A primavera está ainda um pouco tímida, mas a vontade de comer algo fresco e colorido começa a florir. Até porque os dias quentes começam a querer dar o ar da sua graça, e nada melhor do que uma taça de fruta bem nutritiva e saborosa. Esta é apenas uma sugestão e é totalmente ajustável ao vosso gosto, bem como podem prepará-la com o que tem disponível em vossa casa. É um pequeno almoço ou lanche muito prático, saciante, e, acima de tudo, delicioso!
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INGREDIENTES
6 morangos grandes maduros congelados [partidos em pedacinhos]
1/2 abacate pequeno congelado [partido em pedacinhos]
150 gramas de iogurte de morango [açucarado]
1/2 lima [sumo]
topping
q.b. nozes picadas torradas
q.b. morangos
PREPARAÇÃO
Coloque todos os ingredientes num liquidificador [ou outro processador de alimentos potente] e triture, até ficar cremoso.
Verta para uma tigela e disponha as nozes e morangos. A quantidade é a gosto.
Esta podia ser mais uma história do
oculto, mas não é.
Recuemos a 1956. O que tem em comum
um professor morto, e um jovem de 15 anos? Nada, certo? Mas fossem as coisas
assim tão simples.
Chico chegara a casa, depois de mais
uma semana internado numa ‘Tutoria da Infância’. Começou a apresentar
regularmente uns comportamentos bizarros, diziam. O corpo contraia e
libertava-se em espasmos repetidos, os olhos reviravam, e uma espuma branca
saia-lhe pela boca. “Só pode ser bruxaria”, dizia a dona Maria, sua mãe.
Lá num prédio, da também conhecida
por «Rua da Esperança», já quase a chegar a Miragaia, entrara pela porta
do quarto o senhor padre, que determinara a sentença do jovem Chico. Tinha a “morada
aberta” e uns 5 espíritos aprisionados. Inequivocamente! Qual a solução?
Exorcismo. Mas o Chico não melhorara. E só ele sabe os horrores que passara. O
senhor padre, continuara a afirmar que era o espírito mais forte de um
professor, que morrera há pouco tempo no mesmo prédio. E esta narrativa
perpetuou-se por anos.
Até que já casado, e ainda a ter
convulsões, a mulher acreditara também na estória de serem almas
perdidas, no corpo frágil do marido. Desabafando com as patroas, estas mais
cultas e informadas, aconselharam-na a levá-lo ao médico.
Epilepsia…!
Todos os anos de sofrimento
resolvidos num minuto. Porque era, impensável falar da violência exercida na
‘Casa de Correção’. As pancadas na cabeça, entre outros maus-tratos…só me resta
dizer: “O sortilégio da ignorância!”
Faltavam duas semanas para Eva
Veiga terminar a especialização em psiquiatria infantil, no hospital Peter
Sayers. Como em tantos outros dias, entra no vestiário às duas horas em
ponto. Segue, em passo lento e braços cruzados, mirando a janela protegida por
grades e embaçada pelo pó. Limpa o vidro com o punho cerrado, e olha durante
uns minutos o lago Michigan, coberto de gelo. Abre o cacifo, despe o casaco
vermelho de malha de caxemira, que tinha recebido da mãe, como presente de
Natal, o ano passado. Abotoa a bata, impecavelmente limpa e engomada. Nesse preciso
instante, a porta do vestiário abre-se abruptamente. Eva esforçou-se a
disfarçar o susto. Margaret, a enfermeira de serviço, entrega-lhe o relatório
de novos internamentos. «Robert Sayers, 11 anos, episódio de mania.»
Disse em voz alta. Com o olhar, percorre a folha até ao canto superior direito,
e lê: Enfermaria nº 25
Percorre o corredor, branco e
exageradamente iluminado, em direção ao elevador, sem saber que aquele, seria o
dia a partir do qual nada continuaria a ser como até ali.
Esta tem de ser a melhor tosta da vida! É tão, tão gulosa. :) Se são amantes destes ingredientes, aconselho vivamente que façam em vossa casa esta maravilha. Perfeita para um jantar mais rápido, em frente ao sofá, com um copo de vinho (estou só a sugerir, porque eu não bebo!😀) na mão e um filmezinho dos bons a acompanhar…
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INGREDIENTES
2 fatias de pão rústico grande [140 gramas]
1 alheira
120 gramas de queijo brie
q.b. folhas de espinafres
q.b. azeite virgem extra
1 dente de alho grande
MODO DE PREPARAÇÃO
Retire a pele da alheira.
Coloque a alheira numa frigideira antiaderente e deixe saltear até dourar ligeiramente, desfazendo-a com uma colher de pau.
Retire da frigideira e reserve.
Verta um fio de azeite na frigideira.
Deixe aquecer um pouco e coloque as fatias de pão e doure-as, apenas de um lado.
Barre com metade do dente de alho com as fatias de pão ainda quentes.
Espalhe a alheira pela fatia de pão (sobre o lado torrado).
Disponha as folhas de espinafres e por cima o queijo brie cortado às fatias.
Tape com a outra fatia de pão (parte torrada, virada para dentro).
Coloque mais um pouco de azeite na frigideira.
Coloque novamente o pão (já recheado) e deixe alourar, de ambos os lados. Baixe a temperatura do fogão, para o pão não queimar.
Quando virar o pão, barre com a outra metade do alho. Faça o mesmo do outro lado.
Se necessário, calque um pouco a tosta, para ficar bem prensada.
Acho que, em quase 11 anos de blog, nunca tinha partilhado uma receita de bolo mármore. Mas nunca é tarde, não é mesmo? :) É um clássico e faz as delícias de muitos miúdos e graúdos. Este tem um toque de laranja. A combinação perfeita com o chocolate. :)
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INGREDIENTES
3 ovos L
150 gramas de açúcar branco
170 gramas de manteiga sem sal [amolecida]
50 ml de leite
150 gramas de farinha de trigo T55 com fermento
30 gramas de cacau em pó
1 laranja pequena [raspa]
1 pitada de sal
PREPARAÇÃO
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Unte uma forma de bolo inglês com manteiga e forre o fundo com papel vegetal.
Numa tigela coloque os ovos, a manteiga e o açúcar.
Bata até ficar um preparado cremoso e esbranquiçado.
Acrescente o leite e misture (é normal que o preparado fique um pouco deslaçado).
Junte a farinha e uma pitada de sal. Envolva no preparado com um fouet, até incorporar, mas sem mexer demasiado.
Separe metade da massa para outra taça.
Numa taça, junte o cacau em pó, misturando delicadamente.
Na outra, adicione a raspa da laranja e envolva.
Coloque na forma a massa aromatizada com a laranja e em cima a massa com o cacau.
Com um pau de espetada, ou outro utensílio comprido fino, faça movimentos delicados e em ziguezague ou circulares por toda a forma, para a massa se "misturar" uma com a outra, mas sem unir.
Bata gentilmente com a forma na superfície, para uniformizar a massa e remover possíveis bolhinhas de ar.
Leve ao forno cerca de 40 minutos. Mas verifique ao fim de 30 minutos, utilizando um palito, confirmando se a massa está cozida, ao sair o palito limpo.
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de desenformar e servir.
A ervilha é aquele ingrediente democrático, agrada à maioria, desde os mais pequenos aos mais crescidos, além de ser mais económico comparando com muitos outros legumes, o que neste momento é importante ter esse aspeto em conta. Particularmente adoro, um simples creme de ervilhas é muito saboroso e saciante. Para variar um pouco o modo de confeção, pensei "porque não fazer um puré?". E não é que ficou ótimo? Façam em vossa casa e acompanhem-no com um peixe grelhado ou frito. Fica maravilhoso!
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INGREDIENTES
350 gramas de ervilhas congeladas
1/2 cebola pequena [picada finamente]
1 dente de alho [picado finamente]
100 ml de leite
15 gramas de manteiga sem sal
1 colher [sopa] de azeite virgem extra
1 raminho (boquet) de salsa, cebolinho e hortelã
q.b. sal e pimenta preta
PREPARAÇÃO
Numa panela pequena, coloque as ervilhas, as ervas aromáticas e tempere com um pouco de sal.
Encha com água. Leve ao lume e deixe as ervilhas cozer (cerca de 15 minutos). Depois de cozidas, descarte a água e as ervas frescas.
Numa frigideira, coloque o azeite e a manteiga. Deixe a manteiga derreter.
Junte a cebola e o alho. Refogue um minuto.
Acrescente as ervilhas e condimente com pimenta preta a gosto. Deixe cozinhar mais um minuto.
Junte o leite, mexa e deixe ferver.
Coloque o preparado numa taça e triture com uma varinha mágica (pessoalmente, gosto de deixar alguma textura, mas é totalmente opcional).
“Quem terá sido o génio que achou que precisaria de companhia num momento destes?” Não consigo evitar pensar isto, quando sinto em cima do meu ombro direito um ligeiro bafejo, suficiente para entrar pelas minhas narinas. Um cheiro a cerveja e pastilha elástica de mentol faz-me semicerrar os olhos. Por segundos esqueço o que tenho em mãos. “Por favor, pode não me intoxicar? Estou a tentar não deixar ninguém morrer hoje!” Abri a boca para dizer isso, mas pelo contrário, pressiono os meus lábios contendo a frustração e, ainda que não queira admitir, o medo. Sinto as minhas bochechas a ruborizar e a respiração encurtar, quando olho para aquela caixa preta, cheia de fios. Cinco minutos. Os algarismos do contador ficam turvos, e quase consigo ignorar o gigante de um metro e noventa, que começa a pingar suor nas minhas costas. Ao mesmo tempo que faço cálculos e observo a ligação elétrica, os meus pais invadem-me o pensamento. Eles nunca quiseram que a princesa deles entrasse para a brigada de minas e armadilhas. E aqui estou eu, com as mãos trémulas, a tentar evitar que, num local onde se salvam vidas, elas se percam. Dois minutos. O meu coração acelera, os batimentos cardíacos deixam de acompanhar os segundos do relógio. Os sons das sirenes ecoam nos meus ouvidos, ao mesmo tempo que ouço a respiração ofegante do homem que me acompanha. “Será este o fim?” Sacudo a cabeça deste pensamento. Um minuto. Corto o fio lilás. Grito! Com a mesma força de um recém-nascido que conhece pela primeira vez o mundo. Zero. Aninhada, aperto com força as minhas pernas. Sinto-as a libertarem-se, enquanto abro lentamente os meus olhos, para conseguir ver o painel daquela caixa, desligado. Viro-me em direção à porta de emergência, e encontro, completamente endurecido e com o olhar vazio, o mesmo homem que esteve comigo mais de seis horas. Observo uma lágrima pesada, a escorrer pela sua cara pálida. Sorrio, e solto um suspiro libertador. Olho para as minhas mãos, e penso. “Hoje, não deixei ninguém morrer.”