sexta-feira, 26 de maio de 2023

Salada de quinoa e batata doce com molho de iogurte

Olá! 😀

A sugestão de hoje é extremamente completa a nível nutricional. Vegetariana, esta salada de quinoa e batata doce com molho de iogurte é rica em proteína, fibra, hidratos e com uma grande variedade de vitaminas. Além de ser muito saborosa...



 vê a receita em vídeo aqui👇


INGREDIENTES (serve 2 pessoas generosamente)

120 gramas de quinoa

1 batata doce pequena (aprox. 250 gramas)

1 cebola roxa pequena (aprox. 60 gramas)

q.b. cominhos em pó

q.b. cebolinho fresco

q.b. azeite virgem extra

q.b. pistácios

q.b. sal e pimenta preta

molho de iogurte

q.b. iogurte grego natural

q.b. limão (sumo)

q.b. azeite virgem extra

q.b. cebola em pó

q.b. cebolinho seco

q.b. sal e pimenta preta


PREPARAÇÃO

Comece por passar a quinoa abundantemente por água, para que nesta lavagem se livre dos fitatos (antinutrientes) e também para quando depois de cozida, a quinoa não fique com um sabor amargo tão pronunciado, que é característico devido à presença de saponinas* nos grãos. 

Coloque a quinoa num tacho e acrescente água. A porção é o dobro da medida da quinoa. 1 tigela de quinoa, 2 tigelas de água (a mesma preparação do arroz). Não coloque água a mais, para a quinoa não ficar empapada.

Tempere com um pouco de sal e pimenta preta.

Leve ao lume, deixe ferver e coza tapado em lume baixo, entre 12 a 15 minutos.

Retire do lume, e deixe a quinoa repousar tapada uns 5 minutos.

Passado este tempo, solte os grãos da quinoa delicadamente com um garfo.

Deixe arrefecer quase totalmente a quinoa.

Descasque e parta a batata doce em cubos bem pequenos. Tente que o tamanho fique mais ou menos igual, para que assem no mesmo tempo.

Coloque a batata doce numa taça. Junte azeite, cominhos e sal pimenta preta a gosto. Misture.

Coloque a batata doce num tabuleiro forrado com papel vegetal e leve ao forno pré-aquecido a 190ºC até dourarem. Vá virando as batatas para que assem uniformemente.

Retire do forno e deixe-as arrefecer.

Numa taça coloque a quinoa, a batata doce, a cebola roxa picada em cubinhos, cebolinho fresco picado e os pistácios a gosto. Envolva todos estes ingredientes delicadamente.

Para preparar o molho de iogurte, coloque uma porção de iogurte grego numa taça, esprema um pouco de sumo de limão, adicione um fio de azeite, condimente com cebola em pó (pode também utilizar alho seco ou fresco ralado), cebolinho seco e sal e pimenta preta. Todos estes ingredientes são utilizados numa proporção totalmente ao gosto individual. 

Pode servir a salada morna ou fria. Acrescente o molho de iogurte e misture. 


Bom Apetite!


*agem nos grãos como um pesticida natural, e sendo solúvel, na demolha ou lavagem observa-se a formação de uma espuma branca. É esta substância que confere o sabor amargo, acre à quinoa.

**para facilitar a digestão, pode previamente demolhar a quinoa entre 2 a 4 horas.


quarta-feira, 19 de abril de 2023

Smoothie bowl de morango e abacate

A primavera está ainda um pouco tímida, mas a vontade de comer algo fresco e colorido começa a florir. Até porque os dias quentes começam a querer dar o ar da sua graça, e nada melhor do que uma taça de fruta bem nutritiva e saborosa. Esta é apenas uma sugestão e é totalmente ajustável ao vosso gosto, bem como podem prepará-la com o que tem disponível em vossa casa. É um pequeno almoço ou lanche muito prático, saciante, e, acima de tudo, delicioso! 



 vê a receita em vídeo aqui👇


INGREDIENTES

6 morangos grandes maduros congelados [partidos em pedacinhos]

1/2 abacate pequeno congelado [partido em pedacinhos]

150 gramas de iogurte de morango [açucarado] 

1/2 lima [sumo]

topping

q.b. nozes picadas torradas

q.b. morangos


PREPARAÇÃO

Coloque todos os ingredientes num liquidificador [ou outro processador de alimentos potente] e triture, até ficar cremoso.

Verta para uma tigela e disponha as nozes e morangos. A quantidade é a gosto.


Bom Apetite!

terça-feira, 18 de abril de 2023

O sortilégio da ignorância - pequenas histórias #4

Esta podia ser mais uma história do oculto, mas não é.

Recuemos a 1956. O que tem em comum um professor morto, e um jovem de 15 anos? Nada, certo? Mas fossem as coisas assim tão simples.

Chico chegara a casa, depois de mais uma semana internado numa ‘Tutoria da Infância’. Começou a apresentar regularmente uns comportamentos bizarros, diziam. O corpo contraia e libertava-se em espasmos repetidos, os olhos reviravam, e uma espuma branca saia-lhe pela boca. “Só pode ser bruxaria”, dizia a dona Maria, sua mãe.

Lá num prédio, da também conhecida por «Rua da Esperança», já quase a chegar a Miragaia, entrara pela porta do quarto o senhor padre, que determinara a sentença do jovem Chico. Tinha a “morada aberta” e uns 5 espíritos aprisionados. Inequivocamente! Qual a solução? Exorcismo. Mas o Chico não melhorara. E só ele sabe os horrores que passara. O senhor padre, continuara a afirmar que era o espírito mais forte de um professor, que morrera há pouco tempo no mesmo prédio. E esta narrativa perpetuou-se por anos.

Até que já casado, e ainda a ter convulsões, a mulher acreditara também na estória de serem almas perdidas, no corpo frágil do marido. Desabafando com as patroas, estas mais cultas e informadas, aconselharam-na a levá-lo ao médico.

Epilepsia…!

Todos os anos de sofrimento resolvidos num minuto. Porque era, impensável falar da violência exercida na ‘Casa de Correção’. As pancadas na cabeça, entre outros maus-tratos…só me resta dizer: “O sortilégio da ignorância!”



Ficção (inspirado em fatos reais)
Marlene

Enfermaria 25 - pequenas histórias #3

 Género literário: Thriller e Suspense

 

Capítulo I

dezembro 2012


Faltavam duas semanas para Eva Veiga terminar a especialização em psiquiatria infantil, no hospital Peter Sayers. Como em tantos outros dias, entra no vestiário às duas horas em ponto. Segue, em passo lento e braços cruzados, mirando a janela protegida por grades e embaçada pelo pó. Limpa o vidro com o punho cerrado, e olha durante uns minutos o lago Michigan, coberto de gelo. Abre o cacifo, despe o casaco vermelho de malha de caxemira, que tinha recebido da mãe, como presente de Natal, o ano passado. Abotoa a bata, impecavelmente limpa e engomada. Nesse preciso instante, a porta do vestiário abre-se abruptamente. Eva esforçou-se a disfarçar o susto. Margaret, a enfermeira de serviço, entrega-lhe o relatório de novos internamentos. «Robert Sayers, 11 anos, episódio de mania.» Disse em voz alta. Com o olhar, percorre a folha até ao canto superior direito, e lê: Enfermaria nº 25

Percorre o corredor, branco e exageradamente iluminado, em direção ao elevador, sem saber que aquele, seria o dia a partir do qual nada continuaria a ser como até ali.


narrativa ficcional

Marlene


segunda-feira, 17 de abril de 2023

Tosta de alheira com queijo brie e espinafres

Esta tem de ser a melhor tosta da vida! É tão, tão gulosa. :) Se são amantes destes ingredientes, aconselho vivamente que façam em vossa casa esta maravilha. Perfeita para um jantar mais rápido, em frente ao sofá, com um copo de vinho (estou só a sugerir, porque eu não bebo!😀) na mão e um filmezinho dos bons a acompanhar…


                                                    vê a receita em vídeo aqui👇

INGREDIENTES

2 fatias de pão rústico grande [140 gramas]

1 alheira 

120 gramas de queijo brie

q.b. folhas de espinafres 

 q.b. azeite virgem extra 

1 dente de alho grande


MODO DE PREPARAÇÃO

Retire a pele da alheira. 

Coloque a alheira numa frigideira antiaderente e deixe saltear até dourar ligeiramente, desfazendo-a com uma colher de pau.

Retire da frigideira e reserve.

Verta um fio de azeite na frigideira.

Deixe aquecer um pouco e coloque as fatias de pão e doure-as, apenas de um lado. 

Barre com metade do dente de alho com as fatias de pão ainda quentes.

Espalhe a alheira pela fatia de pão (sobre o lado torrado). 

Disponha as folhas de espinafres e por cima o queijo brie cortado às fatias. 

Tape com a outra fatia de pão (parte torrada, virada para dentro).

Coloque mais um pouco de azeite na frigideira.

Coloque novamente o pão (já recheado) e deixe alourar, de ambos os lados. Baixe a temperatura do fogão, para o pão não queimar.

Quando virar o pão, barre com a outra metade do alho. Faça o mesmo do outro lado. 

Se necessário, calque um pouco a tosta, para ficar bem prensada. 


Bom Apetite!


Bolo mármore

Acho que, em quase 11 anos de blog, nunca tinha partilhado uma receita de bolo mármore. Mas nunca é tarde, não é mesmo? :) É um clássico e faz as delícias de muitos miúdos e graúdos. Este tem um toque de laranja. A combinação perfeita com o chocolate. :)



                                                 

                                               vê a receita em vídeo aqui👇


INGREDIENTES

3 ovos L

150 gramas de açúcar branco

170 gramas de manteiga sem sal [amolecida]

50 ml de leite

150 gramas de farinha de trigo T55 com fermento

30 gramas de cacau em pó

1 laranja pequena [raspa]

1 pitada de sal 


PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 180ºC.

Unte uma forma de bolo inglês com manteiga e forre o fundo com papel vegetal.

Numa tigela coloque os ovos, a manteiga e o açúcar. 

Bata até ficar um preparado cremoso e esbranquiçado.

Acrescente o leite e misture (é normal que o preparado fique um pouco deslaçado).

Junte a farinha e uma pitada de sal. Envolva no preparado com um fouet, até incorporar, mas sem mexer demasiado. 

Separe metade da massa para outra taça. 

Numa taça, junte o cacau em pó, misturando delicadamente.

Na outra, adicione a raspa da laranja e envolva. 

Coloque na forma a massa aromatizada com a laranja e em cima a massa com o cacau. 

Com um pau de espetada, ou outro utensílio comprido fino, faça movimentos delicados e em ziguezague ou circulares por toda a forma, para a massa se "misturar" uma com a outra, mas sem unir. 

Bata gentilmente com a forma na superfície, para uniformizar a massa e remover possíveis bolhinhas de ar.

Leve ao forno cerca de 40 minutos. Mas verifique ao fim de 30 minutos, utilizando um palito, confirmando se a massa está cozida, ao sair o palito limpo.

Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de desenformar e servir.


Bom Apetite!

 

domingo, 16 de abril de 2023

Puré de ervilhas (aromatizado com ervas frescas)

A ervilha é aquele ingrediente democrático, agrada à maioria, desde os mais pequenos aos mais crescidos, além de ser mais económico comparando com muitos outros legumes, o que neste momento é importante ter esse aspeto em conta. Particularmente adoro, um simples creme de ervilhas é muito saboroso e saciante. Para variar um pouco o modo de confeção, pensei "porque não fazer um puré?". E não é que ficou ótimo? Façam em vossa casa e acompanhem-no com um peixe grelhado ou frito. Fica maravilhoso! 





                                                              vê a receita em vídeo aqui👇



INGREDIENTES

350 gramas de ervilhas congeladas

1/2 cebola pequena [picada finamente]

1 dente de alho [picado finamente]

100 ml de leite

15 gramas de manteiga sem sal

1 colher [sopa] de azeite virgem extra

1 raminho (boquet) de salsa, cebolinho e hortelã

q.b. sal e pimenta preta


PREPARAÇÃO

Numa panela pequena, coloque as ervilhas, as ervas aromáticas e tempere com um pouco de sal.

Encha com água. Leve ao lume e deixe as ervilhas cozer (cerca de 15 minutos). Depois de cozidas, descarte a água e as ervas frescas.

Numa frigideira, coloque o azeite e a manteiga. Deixe a manteiga derreter.

Junte a cebola e o alho. Refogue um minuto. 

Acrescente as ervilhas e condimente com pimenta preta a gosto. Deixe cozinhar mais um minuto.

Junte o leite, mexa e deixe ferver.

Coloque o preparado numa taça e triture com uma varinha mágica (pessoalmente, gosto de deixar alguma textura, mas é totalmente opcional).

Está pronto a ser servido.


Bom Apetite!


quinta-feira, 13 de abril de 2023

Até ao último minuto - pequenas histórias #2

 “Quem terá sido o génio que achou que precisaria de companhia num momento destes?” Não consigo evitar pensar isto, quando sinto em cima do meu ombro direito um ligeiro bafejo, suficiente para entrar pelas minhas narinas. Um cheiro a cerveja e pastilha elástica de mentol faz-me semicerrar os olhos. Por segundos esqueço o que tenho em mãos. “Por favor, pode não me intoxicar? Estou a tentar não deixar ninguém morrer hoje!” Abri a boca para dizer isso, mas pelo contrário, pressiono os meus lábios contendo a frustração e, ainda que não queira admitir, o medo.  Sinto as minhas bochechas a ruborizar e a respiração encurtar, quando olho para aquela caixa preta, cheia de fios. Cinco minutos. Os algarismos do contador ficam turvos, e quase consigo ignorar o gigante de um metro e noventa, que começa a pingar suor nas minhas costas.  Ao mesmo tempo que faço cálculos e observo a ligação elétrica, os meus pais invadem-me o pensamento. Eles nunca quiseram que a princesa deles entrasse para a brigada de minas e armadilhas. E aqui estou eu, com as mãos trémulas, a tentar evitar que, num local onde se salvam vidas, elas se percam. Dois minutos. O meu coração acelera, os batimentos cardíacos deixam de acompanhar os segundos do relógio. Os sons das sirenes ecoam nos meus ouvidos, ao mesmo tempo que ouço a respiração ofegante do homem que me acompanha. “Será este o fim?” Sacudo a cabeça deste pensamento. Um minuto. Corto o fio lilás. Grito! Com a mesma força de um recém-nascido que conhece pela primeira vez o mundo. Zero. Aninhada, aperto com força as minhas pernas. Sinto-as a libertarem-se, enquanto abro lentamente os meus olhos, para conseguir ver o painel daquela caixa, desligado. Viro-me em direção à porta de emergência, e encontro, completamente endurecido e com o olhar vazio, o mesmo homem que esteve comigo mais de seis horas. Observo uma lágrima pesada, a escorrer pela sua cara pálida.  Sorrio, e solto um suspiro libertador. Olho para as minhas mãos, e penso. “Hoje, não deixei ninguém morrer.”


narrativa ficcional 

Marlene

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Potas recheadas

Este é um dos meus pratos favoritos, que me remete à infância e traz automaticamente uma sensação de conforto. A comida tem esse poder. O da memória e do afeto, que são resgatados quando colocamos uma garfada à boca e fechamos os olhos para nos transportamos a outros tempos. 

Há alguns anos que não comia lulas (aqui potas) recheadas, tão pouco as fazia, e à medida que ia preparando esta receita, o meu entusiasmo ia aumentando. É certo que pode ser mais trabalhosa, mas o sabor compensa. Com um molho apurado, perfeitamente apetitoso. Não sei se será o mesmo sabor de há quase 30 anos, mas certamente está lá perto, e deixou-me feliz. 




                                                           vê a receita em vídeo aqui👇


INGREDIENTES

4 potas inteiras descongeladas (1,5 kg)

recheio 

Tentáculos de pota/barbatanas [retiradas às potas inteiras] [picada em pedacinhos]

1/2 cebola roxa pequena [picada finamente]

1 dente de alho grande [picado finamente]

1/2 pimento vermelho pequeno [picado em cubinhos]

1/4 talo de aipo pequeno [picado em cubinhos]

8 azeitonas pretas [picadas]

8 rodelas de chouriço de carne [picado em cubinhos]

1 colher [sopa] de polpa de tomate 

1 raminho de salsa fresca [picada finamente]

para o estufado

1 cebola pequena [picada finamente]

1 folha de louro

1 tomate maduro médio [sem pele e amassado]

100 ml de cerveja

q.b. salsa fresca picada

outros ingredientes

q.b. azeite virgem extra

q.b. sal e pimenta preta


PREPARAÇÃO

recheio

Numa frigideira, coloque um fio generoso de azeite.

Junte a cebola e o alho. Deixe refogar um minuto.

Acrescente o chouriço, o aipo e o pimento. Mexa e deixe saltear um pouco.

Junte os tentáculos e as barbatanas da pota, as azeitonas e a polpa de tomate. Mexa.

Condimente com sal e pimenta preta a gosto.

Deixe "estufar" aproximadamente uns 5 a 6 minutos, até ficar com uma cor e reduzir o molho.

Adicione a salsa e misture.

Coloque este preparado numa taça e deixe arrefecer um pouco antes de utilizar.

recheio das potas

Com a ajuda de uma colher de sopa (não muito grande), recheie as potas.

Não as encha na totalidade, pois ao cozinhar têm tendência a mingar, e pode rebentar, saindo o recheio. Ainda assim, encha mais de metade.

Feche-as com um palito.

estufado das potas

Num tacho, coloque um pouco de azeite.

Junte a cebola e a folha de louro. Refogue até alourar ligeiramente.

Acrescente o tomate e mexa.

Junte a cerveja e deixe refogar mais uns segundos.

Condimente com sal e pimenta preta.

Coloque as potas já recheadas e também o restante preparado do recheio que possa ter sobrado.

Deixe estufar, aproximadamente 1 hora. Vá alternando entre o lume baixo e médio e virando as potas.

Se necessário, acrescente mais líquido ao estufado, água ou cerveja. Mas, normalmente, a pota já liberta bastante líquido e cria, em conjunto com os outros ingredientes um molho bem apurado.

Depois de cozinhado, acrescente salsa fresca e misture.

Se preferir, antes de servir retire os palitos das potas. 


Limpeza das potas

Usando os dedos, comece por retirar as vísceras da pota, puxando a cabeça do molusco, separando assim tentáculos/cabeça do restante corpo. Seja delicada(o) neste processo, mas firme, para que consiga retirar sem grande sujidade. 

Certifique-se que retira também a cartilagem transparente mais comprida que a pota possui, verificando se existem outras no seu interior.

Separe os tentáculos, cortando-os com uma faca (rente aos olhos da pota) e descarte a cabeça e entranhas (mas é opcional, pode utilizar a cabeça; basta retirar as bolsas de tinta que esta possui, com cuidado, para não tingir roupa ou alguma superfície, podendo ainda espremer a tinta para utilização em alguma receita).

Se no meio dos tentáculos tiver a cartilagem pertencente à boca do molusco, descarte-a também.

Corte as barbatanas da pota e reserve junto com os tentáculos. 

Lave e limpe muito bem o interior da pota, garantindo que as paredes ficam limpas e sem qualquer resíduo.

Lave também os tentáculos e as barbatanas.

Depois de totalmente limpa, e opcionalmente, pode retirar a pele da pota, com os dedos, ou com a ajuda de uma faca se for necessário.

A pota está pronta a ser utilizada. Neste caso, vou utilizar, a pota inteira e os tentáculos e barbatanas picados, mas neste ponto, o modo de preparação é de acordo a receita a elaborar. 

Pique em pedaços bem pequenos os tentáculos e as barbatanas.


Bom Apetite!

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Dos dias da semana passada...


Terminei a leitura deste maravilhoso livro do Germano Silva (nascido em Penafiel) que fala sobre a minha cidade, o Porto. E prefiro nem falar do caos em que ela se tornou. 
"Serão os portuenses o coração do Porto, ou será o Porto o seu coração?" A leitura e escrita é deliciosa e desperta a curiosidade, pois numa espécie de pequenas crónicas, Germano Silva dá a conhecer cada rua e recanto da cidade, através de particularidades e histórias sobre a mesma que nos escapam. 


Muita comida colorida. :)


Um poke bowl com direito a vista. 
Fim de tarde tranquilo. Passeio alegre (Avenida de dom Carlos I), no Porto.




A Senhora do Salto (Paredes), é muitas vezes o local escolhido para eu parar e respirar fundo. 
Gosto de descer para perto das escarpas, deitar-me sobre uma rocha, e ficar ali, simplesmente a existir. Apenas com o som da corrente forte da água a bater nas pedras a acompanhar-me.





Desde que apaguei as minhas redes sociais (Facebook e Instagram), e ainda que não passasse muito tempo nelas, excetuando para divulgação do meu canal, partilha de projetos ou outra coisa básica qualquer, passei a consumir ainda mais podcasts, documentários e coisas que tal. Já conhecia e ouvia a rubrica “As Três da Manhã”, da Renascença, mas nestes dias, fiquei particularmente viciada e devorei todos os episódios do "Extremamente desagradável". Devem me ter surgido mais umas quantas rugas de tanto rir. É um tipo de humor que aprecio. Gosto bastante da Joana Marques, porque além de desagradável é também inteligente, o que parecendo que não, ajuda um bocadinho a amenizar a coisa. :) Poucos nomes me conseguem prender no quesito humor, até porque a maioria não é de todo o meu cup of tea, porém o Ricardo Araújo Pereira, o Nuno Markl e a Mariana Cabral, são excelentes. Sem esquecer a época áurea do Herman José.




segunda-feira, 3 de abril de 2023

Panquecas de coco e mirtilos

Olá, olá! Mais uma receita de panquecas. 😍 Quem me conhece sabe do meu love affair com estas meninas. Já perdi conta das versões que já experimentei, muitas das quais ainda não partilhei por aqui. Quem sabe um dia ainda escrevo um livro com a compilação das que venho fazendo ao longo destes anos (🙊). Mas falando destas, são ótimas para quem gosta de coco. Os mirtilos são para dar uma cor, e, vamos acreditar, para acrescentar mais uma dose de saúde. 😁São uma delícia! 

 


vê a receita em vídeo aqui👇



INGREDIENTES (4/5 panquecas de tamanho médio)

2 ovos

100 gramas de mirtilos

80 gramas de coco ralado

125 gramas de iogurte natural (açucarado) 

100 gramas de farinha de aveia

1 colher (chá) de fermento em pó

[opcional] xarope de Acer para a cobertura 


PREPARAÇÃO

Coloque os ovos, os mirtilos e o iogurte num recipiente alto. 

Triture com a varinha mágica até obter um preparado homogêneo.

Verta-o numa taça.

Acrescente a aveia, o coco e o fermento em pó.

Misture bem.

Se preferir, pode triturar todos os ingredientes para conseguir uma massa de panquecas mais lisa, mas pessoalmente gosto de sentir a textura do coco.

Coloque porções de massa numa frigideira antiaderente e deixe cozinhar em lume baixo, até começar a secar o rebordo. Se necessário, antes, coloque uma gordura (manteiga, azeite, óleo de coco…) para a massa não pegar.

Vire a panqueca com a ajuda de uma espátula e deixe cozinhar apenas mais 1 ou 2 minutos.

Repita o procedimento com toda a massa.


Bom Apetite!

sexta-feira, 31 de março de 2023

O sonho - pequenas histórias #1


Cá estou deitada no sofá. Passei aqui a noite na tentativa de escapar ao calor húmido que se tem feito sentir. Não sei se será do suor, ou da dificuldade em respirar, mas há uma semana que o mesmo sonho me assombra. Por esta razão, olhar para aquela porta é como contemplar um vulcão em erupção. Tento fugir à força interna, não da terra, mas à minha, a fim de evitar entrar naquele quarto. Laivos de sol começam a emergir pela janela e portas entreabertas. Olho para o termómetro de parede, que marca 29 graus celsius. Suspiro. Mais em cima, o relógio de parede toca sete vezes numas badaladas graves que me deixam ainda mais desconfortável. Decido levantar-me, e o meu corpo balança em direção ao meu quarto. Entro, e encaro a escrivaninha. Sento-me reta. As costas perfeitamente hirtas e o lápis na mão. Suspiro. Decido que o melhor a fazer é exorcizar estas imagens que me tem invadido as noites e colocá-las em palavras. “De manhã cedo no elevador, às setes horas em ponto, entro e vejo o meu reflexo no espelho. Mas em vez da minha imagem aparece a de uma menina com uns olhos negros gigantes, lágrimas de desespero e a boca cozida com fio de nylon…” enquanto escrevo, ouço um estrondo que me faz deixar cair o lápis ao chão, sem antes riscar a maior parte da folha. Estranho. Não consigo identificar o som, mas desço as escadas e vou até ao 7º andar. Nada. Apenas o silêncio habitual da matutina. Recuso-me a subir pelas escadas. Está ainda mais calor aqui no corredor. Carrego no botão e as portas abrem-se. Fecho os olhos para apreciar o ar condicionado. Abro-os, e a partir da visão periférica sei que algo não está certo. Enfrento o espelho. “Não pode ser!” Guincho internamente. A menina não está apavorada, mas os olhos são os mesmos. Parece estar a despedir-se. Naquele momento está uma pena no elevador. Uma pena sincera de partir. As minhas pálpebras fecham-se e no milésimo de segundo depois, abrem-se para não ver ninguém no reflexo, além de mim mesma.


narrativa ficcional 

Marlene

quarta-feira, 29 de março de 2023

Pão de ló com vinho do Porto e limão

Não consigo descrever em palavras o quão bom ficou este bolo tipo pão de ló, só mesmo vocês experimentando aí em vossa casa, para saberem do que estou a falar. 😊 Um aroma maravilhoso a limão e ligeiro sabor doce do vinho do Porto. Uma textura leve...que quase se desfaz na boca. Eu, que não tenho consumido doces com açúcar refinado, não resisti e comi duas fatias bem generosas. Ficou incrível, mesmo!

Porque não tê-lo na mesa de doces da Páscoa? Façam e contem-me depois o que acharam. 😍






receita em vídeo



INGREDIENTES

5 ovos tamanho L

3 gemas tamanho L

130 gramas de açúcar branco

150 gramas de farinha de trigo super fina [tipo 55 com fermento]

30 ml de vinho do Porto

1 limão médio [raspa]

q.b. amêndoa palitada [opcional, para a cobertura do pão de ló] 


PREPARAÇÃO

Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Peneire com um pouco de farinha o fundo de uma forma de bolo redonda de chaminé (usei de 26 cm diâmetro); reserve. 

Num recipiente alto e largo, coloque as gemas, os ovos e o açúcar.

Bata com a batedeira, aproximadamente uns 15 minutos, ou até obter uma massa alta, fofa e esbranquiçada. Até triplicar o volume.

Acrescente o vinho do Porto e a raspa do limão. Bata apenas até incorporar. 

Junte a farinha, peneirando-a sobre o preparado. Envolva-a delicadamente com um fouet.

Coloque a massa na forma, com a ajuda de uma espátula.

Leve ao forno, cerca de 30 minutos, baixando a temperatura para os 180ºC. 

Aos 10/15 minutos de forno, cubra com amêndoas palitadas a gosto, fazendo uma ligeira pressão, mas com cuidado, para as amêndoas ficarem coladas no bolo. Leve novamente ao forno.

Vá verificando, até o bolo ficar dourado.

Retire do forno e se for necessário descole os lados com a ajuda de uma faca. Tenha o cuidado de se certificar que o bolo desenforma facilmente e deixe arrefecer um pouco antes de o fazer, para não partir.

Retire o excesso de farinha do bolo e vire o pão de ló.


Sugestão de acompanhamento: compotas de fruta, queijo, doce de ovos, cálice de vinho do Porto...


Bom Apetite!

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Quindins

A origem deste doce é bem curiosa e relaciona-se com nós portugueses, tendo em conta o hábito das freiras utilizarem as gemas de ovos em muita da doçaria tradicional. Com isto, não é estranha a parecença dos quindins com as brisas-de-lis, que ao invés de ser preparada com coco, é com amêndoa. Dizem, que na altura da colonização do Brasil, algumas das receitas acompanharam os portugueses. Porém no caso desta receita, como a amêndoa não era um ingrediente usado por não ser acessível, as escravas africanas encontraram uma alternativa. Substituir a amêndoa pelo coco ralado. E o seu nome, quindim, esse foi pela sua delicadeza. Um doce de origem portuguesa, levada para o Brasil e adaptada por africanas. Um doce rico, saboroso e cheio de história. 







receita em vídeo

INGREDIENTES (+/- 12 quindins)

12 gemas 

65 gramas de coco ralado

185 gramas de açúcar

85 ml de leite gordo

15 gramas de manteiga com sal (derretida)

q.b. manteiga e açúcar (para polvilhar as formas)


PREPARAÇÃO


Unte formas pequenas com manteiga e polvilhe-as com açúcar. Reserve.

Bata o açúcar com as gemas, até ficar cremoso.

Junte a manteiga e o leite. Misture bem.

Adicione o coco ralado e envolva.

Verta o preparado nas formas (não as encha totalmente). 

Coloque as formas num tabuleiro fundo. Acrescente água no tabuleiro (pela metade das formas). 

Leve ao forno pré-aquecido a 170ºC até ficarem dourados (cerca de 30/35 minutos).

Retire do forno e deixe arrefecer uns 5 minutos antes de desenformar. Passe com a faca em volta da forma se tiver dificuldade em retirá-los.

De preferência sirva-os frescos. 


Bom Apetite!

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Papas de aveia com chocolate e pera

Receitas de papas de aveia sempre foram o meu pequeno de almoço de eleição. São saciantes e muito leves para o sistema digestivo. Mas por algum motivo tenho-as deixado de lado; talvez por demoraram um pouco mais de tempo a preparar e andar numa fase menos disposta a...no entanto, estas deram-me a energia para recomeçar a minha rotina de papas de aveia ao pequeno almoço. 😍

São bem gulosas, com um sabor pronunciado a chocolate em contraste com a doçura da pera. Deliciosas!





receita em vídeo


INGREDIENTES (serve 1 pessoa generosamente)

1 pera grande (metade em cubinhos, outra metade em gomos finos)

35 gramas de flocos de aveia (finos ou grossos)

200 ml de bebida vegetal de chocolate 

20 gramas de chocolate 70% (picado)

150 ml de água

q.b. pistácios 


PREPARAÇÃO

Num pequeno tacho coloque  a aveia, a água, a bebida de chocolate, a pera em cubinhos e o chocolate.

Misture.

Coza em lume baixo entre 10 a 15 minutos, mexendo frequentemente até as papas engrossarem.

Depois de cozinhadas, coloque numa tigela ou prato.

Disponha a pera cortada em gomos, e acrescente pistácios a gosto.

Pode servir as papas de aveia mornas ou frias. 


Bom Apetite!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Arroz de Pota

 





INGREDIENTES (serve +/- 6 pessoas)

Cozedura da pota (caldo do arroz)

1,5 kg  de tentáculos de pota

1 cebola média (cortada em pedaços)

2 dentes de alho (cortados em pedaços)

1 pimento vermelho pequeno (cortado em tiras)

1 cenoura média (cortada em pedaços)

1 folha de louro

1 molhinho de coentros e salsa fresca

Preparação do arroz

300 gramas de arroz agulha (ou carolino)

1 cebola média (picada)

1 dente de alho grande (picado)

1 folha de louro

1 colher (sopa) de polpa de tomate

q.b. azeite virgem extra

q.b. coentros e salsa fresca (picadas, para envolver depois de preparado e polvilhar)

q.b. pimenta preta


PREPARAÇÃO

Coloque os tentáculos de pota numa panela. Coloque junto todos os ingredientes para o caldo do arroz (cebola, cenoura, coentros e salsa, folha de louro, alhos e pimento).

Acrescente água, até os ingredientes ficarem bem cobertos.

Leve ao lume e deixe cozer aproximadamente 1h30 minutos.

Retire do lume e reserve a água da cozedura, cerca de 6 tigelas da medida do arroz.

Corte os tentáculos de pota em pedaços pequenos e reserve. 

Na mesma panela, coloque um fio de azeite.

Junte a cebola, o alho e a folha de louro. Refogue uns minutos.

Acrescente a polpa de tomate e mexa.

Junte a água da cozedura. Tape a panela e deixe ferver.

Adicione o arroz e tempere com pimenta preta a gosto. Não coloco sal, pois a pota já é salgada, mas se achar necessário tempere com um pouco de sal.

Mexa, tape e deixe cozinhar em lume médio cerca de 12 minutos.

Vá mexendo de vez em quando. Acrescente um pouco de água ou mais caldo, se achar que o arroz está a secar.

Junte a pota, quando o arroz estiver quase cozido. Misture.

Retire do lume e envolva coentros e salsa picados a gosto.



Bom Apetite!